Depois de um bom tempo se escrever por diversos motivos pessoais, eis que estou de volta para vomitar minha opinião, visão ou seja lá o que for sobre um determinado tema. Vou deixar de enrolar – já que não sou cantor de pagode (graças a Deus) – e começar a colocar letra após letra para que finalmente forme palavras e você entenda o que quero dizer.
Em algum capítulo anterior num texto sobre a Copa do Mundo de Futebol escrevi em algum momento que as pessoas tinham orgulho de serem brasileiros, eram nacionalistas, que no ano de copa nós também temos eleições e as pessoas não tinham o mesmo entusiasmo e nacionalismo para votar. Pois bem, aconteceram as eleições e só fiz confirmar tudo o que eu havia descrito no texto “Patriotismo na Copa do Mundo”.
As pessoas vêem o ato de votar como uma obrigação mas não param para pensar que o futuro do país está nas nossas mãos. Enquanto não votamos somos eleitores, quando estamos em frente à urna para escolhermos os candidatos somos dono do país (no caso das eleições presidenciais) e depois que votamos somo apenas mais um na multidão em solo brasileiro ou não, já que várias pessoas votam em outros países onde residem. Certo que o voto não é facultativo no Brasil, mas acredito que a população não deveria pensar nisso como uma obrigação e sim como uma maneira de mudar e melhorar o lugar onde vivemos. Se acaso a população não trocasse seu voto por dentadura, cesta básica, material de construção e outros objetos além de vender, a visão que teríamos sobre esse ato seria outra.
Por falar em voto facultativo, vejo que o Brasil não tem condições de implantar esse modelo de votação já que uma boa parte da sua população não tem uma educação política. As pessoas não iriam às urnas por pensarem que não são obrigadas e também não procuram saber sobre os candidatos e partidos, se eles realmente possuem capacidade suficiente para “mandar” naquele território. Não estou chamando a população de burra, estou dizendo que as pessoas colocam vendas nos olhos, prefere não enxergar a realidade, os políticos governam para a burguesia, as pessoas que estão nas castas mais baixas estão recebendo o mínimo de assistência possível e acham que os governantes estão fazendo muito. Para mudar o país é preciso que o povo se rebelar e revolucionar para que a verdadeira face dos governantes apareça.
Poucas eram as pessoas que estampavam o adesivo, camisa ou qualquer acessório do seu candidato por acreditar nele, notei que o que realmente contava era o dinheiro e um bom exemplo disso são as pessoas que ficam o dia inteiro segurando a bandeira no acostamento e gritando. Dizem que isso não é boca de urna, mas, na minha opinião essa palhaçada no dia das eleições deveria acabar. Isso é uma exploração. Sei que algumas pessoas que irão lêr esse texto dirão “mas eles estão trabalhando” ou “eles precisam daquele dinheiro”. Todos nós precisamos de dinheiro, já que vivemos num país capitalista, mas não precisa fazê-los de escravos modernos.
Uma coisa que chamou bastante a minha atenção nessas eleições foi o número de acusações que os candidatos faziam um para o outro. É um absurdo como eles desperdiçam tempo para falar mal do concorrente e com isso, não mostram proposta nenhuma. O importante nessas horas para os candidatos é mostrar que eles são pessoas dignas, que o concorrente é uma pessoa que possui atos ilícitos durante a sua carreira política (popular ladrão) e que se você votar no outro candidato estará votando errado. Queremos ver é o que propõem para melhorar a vida de todos nós que estamos colocando-o no poder. Certo que se eles pudessem fariam igual a época medieval quando havia uma hierarquia na qual o poder era passado de pai para filho e assim por diante. Mas de certa forma isso acontece. Se prestar a atenção nos sobrenomes dos candidatos irão notar que possuem alguma ligação com algum outro candidato ou pessoa influente no meio político. Resumindo, se és filho, sobrinho, neto, irmão ou qualquer outro tipo de parentesco com algum político você será jogado nessa cachorrada.
Sei que esse papo ainda tem muita coisa a ser dita, mas eu prefiro parar por aqui. Procurem se informar através dos diversos meios que temos hoje e a internet é o mais fácil e acessível para muitos. Lembrando novamente que em alguns estados terão o segundo turno não só para presidente, mas para governador. Alagoas, estado onde moro, haverá segundo turno e se você é alagoano preste bem atenção em quem vai votar e lembre-se que você, eu e todo mundo que votar será responsável pelos atos que eles fizerem já que fomos nós que o colocamos no poder.