domingo, 4 de julho de 2010
As vezes pensamos que somos super-homens e que nenhum mal irá acontecer conosco, sempre as coisas ruins acontecem com outras pessoas e não com a gente. Quando acontece não sabemos o que fazer e entramos em desespero. É nessas horas que nos vemos pequenos e sem armas para nos defendermos. Foi exatamente isso que aconteceu aqui em Alagoas.
Uma catástrofe aconteceu no meu amado e querido estado e no estado vizinho no qual possuo amigos e que um dia já fomos colônia. Pernambuco também foi atingida com esse desastre sem tamanho. Na verdade, tudo começou lá e veio descendo pelos rios Mundaú e Paraíba. A água destruiu cidades inteiras e arrastou tudo por onde passou. Parece cena de filme Hollywoodiano.
Com relação a Pernambuco não tenho muitas informações, mas pelo que vi nos jornais, disse que alguns açudes encheram demais e não agüentaram a quantidade de água que era superior ao que ele suportaria e em outras horas falava-se que uma barragem estourou ou abriu as comportas por ter excesso de água devido as grandes quantidades de chuva que estavam acontecendo na cabeceira. Não sei explicar direito, mas foi uma tragédia que por mais que fosse possível avisar, o tamanho da destruição seria impossível de prever.
Já aqui em Alagoas o clima ficou muito pesado. Se você que está lendo esse texto agora não mora em aqui, não tem noção do que acontece com relação a tristeza, mobilização que está sendo feita para ajudar as pessoas que estão desamparadas. Nossa, não sei e não tenho como explicar tamanha tristeza que a população alagoana esta vivendo nesse momento doloroso e que mobilizou o país inteiro. Não pude ir para as cidades atingidas por motivos pessoais, mas alguns amigos meus foram para ajudar como voluntários e eles me falam que parece cena de filme depois que acaba uma guerra. É de arrepiar. Vi as fotos no notebook de um amigo meu quando a água invadiu a casa dele em Atalaia e foi desesperador, mas graças a Deus ele não teve maiores prejuízos. Cidades como Branquinha foram destruídas por inteira. A água destruiu tudo o que havia na cidade. Todos os prédios públicos foram destruídos, desde escolas até prefeitura e delegacia. Não existe mais cidade, apenas restos.
Aqui conseguimos ver tudo em sites e nos jornais locais, pois, o que vocês vêem na televisão é muito resumido. Não sou uma pessoa que consegue se emocionar com facilidade, mas ao ver aquilo fiquei sem reação, estático diante da televisão. Um caso que me chamou muito a atenção foi o de uma mulher que tinha um açougue e quando ela viu a água invadindo a cidade e entrando fortemente no açougue, ela começou a distribuir toda a carne do açougue para quem ia passando na rua com tanto desespero que estava. Quando terminou de distribuir, subiu em cima da laje do açougue e a força da água foi tanta que derrubou o estabelecimento e ela foi arrastada pela água. Quando acabou de passar a reportagem eu estava com os olhos marejados deitado no sofá da minha sala.
Não pare de ajudar, a situação é crítica e a mobilização é geral. Eu que estudo na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) vi o tamanho da mobilização da galera par ajudar. Foram feitas campanhas em diversos cursos – inclusive o de comunicação no qual estudo – para arrecadação de alimentos e roupas para doar as pessoas de Rio Largo que é a cidade mais próxima da UFAL já que ela fica na saída da cidade e sem contar que temos amigos nos quais as casas foram inundadas e alguns não temos maiores detalhes, só sabemos que graças a Deus não aconteceu nada ruim com eles ou com a família deles. Amigos também em Murici, união dos Palmares, Atalaia e outras cidades foram atingidos pela água.
Continuem ajudando.
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